03 março, 2006

in Glória Fácil

(...) a forma como os media estão a tratar o homicídio do porto evidencia uma interessante mescla de engulhos, preconceitos e inépcias. que, de resto, se afirmam quase sempre perante um crime perpetrado por menores. sucede que, neste caso, a esse facto acresce, a crer no que tem sido divulgado, a natureza brutal de uma acção continuada, assim como a natureza da vítima.e é aí, na natureza da vítima, que as narrativas mais claudicam. começaram por descrevê-la como 'um sem abrigo toxicodependente'. depois surgiu o qualificativo 'prostituto'. depois 'travesti' e 'brasileiro'. e, nos últimos dias, a revelação da sua seropositividade para o hiv e da sua transsexualidade. uma multiplicação de factores de exclusão que se diria quase excessiva e para muitos confusa: quantos jornalistas, para não falar do público, sabem qual a diferença entre um travesti, ou seja, alguém que através da roupa e da maquilhagem assume características de outro género (feminino ou masculino) que não o seu, e um transsexual, ou seja, alguém que assume uma identidade de género que não coincide com o seu sexo biológico? (para não falar na confusão destas duas denominações com a ideia de homossexualidade, claro). (...)

vale a pena ler o post todo, em:
http://gloriafacil.blogspot.com/2006/02/gis.html

e aqui está um exempolo fácil da merda do jornalismo que se faz em Portugal:
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1249261&idCanal=62

Sem comentários: