21 novembro, 2006

Haja memória

"A Lisete morava no Bairro do Aldoar, num barraco. Tomou uns comprimidos [para abortar] e ficou "oito dias em coma". "O médico disse-me que o remédio que ela meteu servia, antigamente, para desentupir as fossas", contou ao JPN Júlia de Sousa Saraiva, mãe de Lisete.
Tal como esta mulher de 37 anos, grávida de cinco meses, mãe de três filhos e com poucos recursos económicos, há muitas mais a abortar clandestinamente na freguesia de Aldoar. A presidente da Associação de Moradores da zona, Esmeralda Mateus: "Há muitas jovens a fazer abortos clandestinos. Por acaso correu mal com a Lisete. Há lá miúdas a fazerem abortos com 14 e 15 anos. Umas encobrem, outras contam umas às outras e outras são ajudadas pelas próprias mães"

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