«'Two sailors.
''From here? Martinique?
''No. Two Portuguese sailors off a ship that was in harbor. He met them in a bar. He was here working on an opera, and he'd rented a house. He took them home with him -''I do remember. They robbed him and beat him to death. It was dreadful. An appalling tragedy.'»
Music for Chameleons by Truman Capote
Music for Chameleons by Truman Capote
Illan Halimi era um jovem judeu francês. Foi raptado por um grupo de outros jovens franceses, na sua maioria muçulmanos mas incluindo também um luso-descendente, e após algumas tentativas de obtenção de resgate (aparentemente não muito sérias) foi morto depois de dias de tortura que incluiram queimaduras na maior parte do seu corpo. Os seus raptores entretanto capturados negaram qualquer motivação religiosa para o crime, disseram que o escolheram apenas porque pensavam que sendo judeu seria necessariamente rico. A ideia de negar o óbvio é prevenir agravamentos na pena pelo claro crime de ódio que praticaram.
Em França de imediato o assassinato de Illan Halimi foi assumido como um crime de ódio, ódio contra os judeus no caso. O nome da vítima e a sua foto foi exaustivamente mostrada em jornais e TV's. Associações judias e líderes religiosos fizeram ouvir a sua opinião através da imprensa. O país comoveu-se com o crime hediondo, e no Domingo milhares de franceses (incluindo políticos de máxima relevância à esquerda e à direita) saíram à rua em manifestações contra o anti-semitismo: «Milhares de pessoas desfilaram em Paris contra morte de jovem judeu» - noticia o Público.
Tal e qual o caso da Gis.... não haja dúvida!
2 comentários:
oh querido, talvez se a Gis tivesse morrido às portas da camara municipal do porto, talvez assim... talvez se o pai da gis fosse presidente da camara, ou empreiteiro, ou medico... todos iguais, não era?
Talvez se vivessemos num país onde a comunicação social, não esconde, não subjuga, não deturpa... Este é um caso de crime de ódio baseado no preconceito lgbt sem precedentes em Portugal! E o que sucede? Ocultação...
Isto não pode cair no esquecimento! Monstros sem comparação como José Manuel Fernandes não podem prevalecer sobre a verdade de um crime que, quer queiramos quer não, pode um dia cair directa ou indirectamente sobre nós!!!
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