21 março, 2006

Quero amar-te e não consigo!
Quero fender o teu verso imparável com as minhas palavras de idealista incauto e devaneado. Quero perpetuar a minha voz com o sabor do incontornável cheiro da tua mordedura!
Quero fruir do teu incansável êxito e perder o sentido para o meu fim!
Quero fazer do meu espaço a tua liberdade!
Quero sublimar-me e atingir a tua metafísica genuína, e poder viver nela, sempre!
Quero sonhar-te alto e impraticável, sobejamente tolerante ao fascínio do mundo!
Quero realizar-te perene e mutavelmente simples.
Quero ocasionar-te em cada repetição do instante.
Quero cogitar a totalidade de todo o teu ser, sem a fraqueza de perder-te!E não consigo…!
Estou equipado para o amor, e não consigo fazê-lo acontecer. Sonho uma realidade imperceptivelmente tenaz e fugidia!
Não sou mais que o amor idealizado, o único alguma vez perfeito!

1 comentário:

Diana Martins Correia disse...

Ó homem, tu já sabes que isto está mal para todos! Olha só à tua volta: é tudo uma "cambada" de encalhados!! Não és o único, por isso, estamos em solidariedade para contigo porque compreendemos-te perfeitamente. E quanto ao último verso...o "amor idealizado" é de facto "o único alguma vez perfeito".